quarta-feira, 15 de abril de 2009

Leste Fluminense(RJ), destaca-se como oportunidade nos segmentos residencial e de Shopping Centers.

A Região é formada pelos seguintes Municípios: Niterói, São Gonçalo,Maricá, Itaboraí, Tanguá.

Uma característica marcante do atual momento de forte expansão imobiliária é a atuação agressiva de grandes incorporadoras em regiões nas quais ainda não atuavam. Com isso, surge o desafio de entender as peculiaridades de cidades que se mostram promissoras para essa empreitada de expansão nacional. Isso porque, mesmo fazendo parte de um mesmo contexto - a tão falada expansão da oferta de crédito e capitalização de empresas da construção civil - cada região tem suas alavancas específicas de crescimento, como o caso do Leste Fluminense, que se beneficia com a construção do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), de proporções gigantescas.

Embora não haja dados precisos sobre o número de lançamentos previstos, especialistas do setor são unânimes ao afirmar que a demanda por empreendimentos nos próximos anos é expressiva. Basta analisar o potencial de um único projeto: o novo pólo petroquímico (cujas obras formalmente já foram inauguradas no município de Itaboraí e devem ser finalizadas em 2012) ocupará uma área de 45 milhões de m2 e receberá investimentos da ordem de US$ 8 bilhões. "Mais US$ 4 bilhões devem ser investidos com a instalação de outras 200 empresas no entorno do complexo, atraindo milhares de trabalhadores", observa Joaquim Ferreira, presidente da Ademi-Niterói (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói)

Oportunidade para implantação de Shopping Centers em cidades com até 200 mil habitantes, com retorno do investimento em até sete anos.

As grandes cidades podem deixar de ser o principal mercado de shopping centers do País. Apesar de as capitais brasileiras concentrarem 184 (50%) dos shoppings centers de grande porte, estudo indica que o investimento em centros comerciais regionais é rentável, uma vez que o retorno do capital empregado pode ocorrer em até sete anos.

cidades acima de 200 mil habitantes, e com potencial para atrair visitantes num raio de 80 km, também têm condições de abrigar um empreendimento de porte regional sem grande risco para o investidor.

Um shopping no modelo regional deve ter, no mínimo, 120 lojas. "Abaixo disso, não é possível compor um mix equilibrado de lojas que possibilite a compra comparada por segmento do varejo", que considera a questão importante para a fidelização do consumidor. O mesmo critério se aplica à praça de alimentação, que deve ter pelo menos 12 estabelecimentos com serviços bem diversificados.


As dimensões das lojas âncoras avaliadas, verifica-se que há maior sucesso em uma área entre 800 e 5 mil m². Já a área ideal para unidades satélites, deve variar entre 15 m² e 30 m². "A largura dos corredores deve ser de 9 metros para que a circulação dos consumidores e a área de descanso não fiquem prejudicadas, e ainda sobre espaço para quiosques", sendo a distância entre o estacionamento e a entrada do shopping deve ser de até 150 metros.




Maricá atrai investidores no segmento de Shopping Centers.



A Máxima Asset, empresa de gestão de recursos do Banco Máxima, que já possuía 15% do capital da João Fortes Engenharia, decidiu entrar definitivamente no mercado imobiliário, seguindo uma tendência cada vez mais forte das empresas do setor financeiro desde que se configurou, há pouco mais de dois anos, o atual "boom" da construção de imóveis no Brasil. A Máxima acaba de contratar, com a empresa fluminense Promoterra, a gestão para desenvolvimento urbano e imobiliário de uma área descontínua de 30 milhões de metros quadrados entre os municípios de Niterói, Maricá e Araruama.

Segundo Paulo Henrique Fabbriani, presidente da Máxima Asset, a área corresponde a duas vezes e meia a área total da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A um valor de R$ 2 mil por metro quadrado, que ele considera abaixo da média estadual, Fabbriani diz que a área total representa um ativo de R$ 60 bilhões. A intenção é desenvolver na área, ocupada hoje, na sua maior parte, por centros urbanos de classe média, média baixa e baixa, um conceito urbanístico semelhante ao da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. "A configuração geográfica é bem semelhante à da Barra, só que do outro lado da baía de Guanabara", explica.

Segundo Fabbriani, o primeiro lançamento da Máxima como gestora imobiliária deverá ocorrer com a construção de um shopping center na localidade de Inoã, distrito de Maricá, à margem da rodovia RJ-106 que foi duplicada nos últimos anos. O executivo diz que o projeto da gestora é transformar os municípios que compõem a área (parte de Niterói, Maricá, Saquarema e Araruama) de cidades-dormitórios da capital em núcleos urbanos com vida própria, inclusive empregos de alto nível.

O projeto será em grande parte favorecido pela construção na cidade de Itaboraí, na parte interior da área visada, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um gigantesco projeto industrial orçado em US$ 8,5 bilhões, liderado pela Petrobras. As obras de terraplanagem da área do Comperj começaram no final do mês passado. Outras grandes empresas já tradicionais no setor imobiliário, como a Brascan, estão também preparando lançamentos para a região de Mari.

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