Estaleiro em Maricá pode gerar até 20 mil empregos
Um projeto do grupo Restis Group, da Grécia, pode representar investimento de R$ 1,8 bilhão em Maricá. A empresa está interessada na construção de um estaleiro de grandes proporções em Jaconé, numa área de 2,5 milhões de metros quadrados, entre o mar e a rodovia RJ-118. Voltado para a fabricação de navios, o futuro estaleiro pode gerar 20 mil empregos, sendo 5 mil diretos. O potencial turístico da região também deve ser explorado.
Nesta quinta-feira, comitiva formada pelo presidente do grupo, Victor Restis; pelo assessor do governador Sérgio Cabral Filho, Paulo Fernando Gonçalves; pelo prefeito Washington Quaquá e pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Aleksander Santos, partiu do Aeroporto de Maricá para fazer reconhecimento da área.
O investimento inicial na construção do estaleiro seria de R$ 750 milhões, de acordo com Restis, o empreendimento conta com a participação do estado para que possa ser realizado.
“Estamos trabalhando em conjunto para que as necessidades do investimento sejam atendidas. Todos sairão ganhando. O primeiro navio pode levar de três a cinco anos para ser construído e, nesse meio tempo, uma série de atividades, como abertura de escolas, beneficiarão a população”.
O próximo passo para a instalação do complexo, segundo o empresário, é analisar as características geológicas e também as correntes marinhas. Uma equipe de técnicos e cientistas da empresa deve ir a campo na próxima semana, mas o secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo de Maricá, Aleksander Santos, antecipa o resultado:
“Temos, depois da areia, profundidade de 20 metros. Com esse calado natural, não será necessária a realização de dragagem. A área é ótima para um estaleiro, de acordo com a Marinha”, garantiu.
Segundo o secretário, o estado já está providenciando a infraestrutura necessária à implantação do projeto, como a pavimentação da estrada RJ-118 e a licitação para construção de rede de abastecimento de água.
Durante a reunião, no aeroporto, o prefeito lembrou o fato da área ser privada. Além de algumas casas irregulares, a maior parte do terreno pertenceria ao grupo Brascan, que já teria demonstrado, no ano passado, interesse em negociar a área. Na época, a construtora Mendes Júnior Trading Engenharia S/A se dispôs a construir um estaleiro no local, mas as negociações não foram adiante.
Potencial turístico impressiona
l Durante o vôo de reconhecimento, o presidente da Restis teria ficado impressionado com o potencial turístico e garantido, ainda no helicóptero, a instalação de um hotel na cidade, segundo o prefeito Washington Quaquá.
“Imediatamente ele (Victor Restis) propôs a construção de um hotel. Propus a ele também a construção de uma marina, em Ponta Negra”.
Além de ser uma das maiores companhias de construção naval da Grécia, com estaleiros instalados na Europa e Ásia, o grupo Restis também investe em setores hoteleiros, de lazer, aviação e bancos.
Sobre os impactos ambientais que a atuação do estaleiro poderia provocar, Restis afirmou que a atividade não prejudicará o meio ambiente e turismo.
“A construção de navios é uma indústria limpa. A poluição é gerada pela manutenção dos navios. Aqui nós só construiremos novos”, prometeu Restis.
Parceria – De acordo com a Prefeitura de Maricá, a construção de escolas técnicas para capacitação de mão-de-obra local será uma parceria do investidor com o município, que terá que se preocupar ainda em acomodar os novos moradores.
“Atualmente estão sendo construídas cerca de mil unidades habitacionais em toda a cidade, é mais que o déficit habitacional. Poderemos abrigar o crescimento natural e mais as pessoas que virão”, acredita o prefeito Quaquá.
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